quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Correntes d'escroto

A Religião é um mito em decomposição procriador de mito-manias, diz Religiosa K, serve como paz e esta só se pratica com guerra, a mãe de todas elas e as suas vitimas: os migrantes, desalojados e refugiados tratados como despojos de guerra e turistas num paraíso artificiall que os inferniza


a culpa é do Mãe e todo o seu dele infantásbulo
narrativamente, diz Prosa K, curta e puta

Salamandra arde serenamente, diz Prosa K, o sono dos justos. Não é de admirar, depois de tantas visitas. Também estou cansada mas vou buscar mais um esqueleto ao armário. Ardem bem, não são como os livros. No outro dia tentei queimar o Mein Trump de Hitler e ele começou as berros que acordou a minha querida Salamandra. O Cagão fraldaslento. Não percebo como Pepe Carvalho conseguia?

Salamandra relata-me o seu encontro com a Pós-verdade que cá por casa passou para dois dedos de conversa, pois anda em processo de separação litigioso. O Real, o seu ex, isto. A Realidade, a nova musa, aquilo. diz Prosa K. Mas o pior é que não sabe como os seus filhos, os Factos Alternativos, irão sobreviver neste reino cruel, disse com as lágrimas nos olhos a saborear os biscoitos interrompidos.

Eutanásia acaba de sair, diz Prosa K, está com medo de morrer

Hoje não há diálogo, salamandra, só cabalas, diz Prosa K

Anjo filho da Mãe Preta a ser comido como manda a tradição portuguesa , diz Prosa K,


Come a minha carne e bebe o meu sangue e vai vomitar para outra freguesia, diz Prosa K

a revolução fode-me toda há uma semana que me desfaço em orgasmos múltiplos

a carneirada está toda consolada a lamber as feridas da maioria absoluta de sua majestade a Vil Baixeza
Tenho um rosário
arame 
farpado
 atravessado na garganta pós-fundamentalmente , diz Prosa K